sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Heloisa, festa à pequena cristã

A oferta me chega pela ponta do fio
___ Como vai meu irmão, quando você vem p’ra cá?
Preciso de sua presença e nesta você não pode faltar
Minha filha já faz três meses e o senhor vem batizar.

___ Querido irmão você ta doido, em São Paulo não quero ir
Tenho muito que fazer, não arredo o pé daqui,
fico honrado pelo convite, mas tem coisas que não dá
confira seus planos direito, faz as malas e vem p’ra cá.

___ Meu irmão vamos combinar, para o próximo feriado
Você cuida das coisas por aí, que a peteca não cai do meu lado.
Vou juntar minha família, o batizado tem que sair
Prepare tudo e me aguarde, esta promessa eu vou cumprir.

___ Aproveita e traz meus irmãos que há muito tempo não vejo
César, família e Joaquim, todos tem que estar presentes,
O branquinha e sua família estes não podem faltar
Dos daqui eu me encarrego, estaremos todos a esperar.

É minha sobrinha e afilhada, eu tinha que me orgulhar,
Programamos a festa, construí barraca, pus pindoba p´ra enfeitar,
Instalei som, fiz musica ao vivo, contratei gente p´ra tocar,
O batizado se aproximava, não via a hora de chegar.

Era para cinco de setembro, mas dia três começou tudo a se engrenar,
Chegavam os primeiros convidados, na churrasqueira carvão a queimar,
Cada carro que chegava mais alegria trazia,
Vinham amigos e parentes meus, de alegria eu quase explodia.
Minha afilhada tão bela, foi a segunda vez que a vi,
Tinha crescido tanto e tão linda, quase não a reconheci,
Os pais tão vaidosos, tinham alegria no olhar,
Esperavam com ansiedade o dia do batismo chegar.

Tudo é festa, sábado a noite a alegria multiplicou,
Convidados, amigos e irmãos. A minha casa transformou.
Tinha gente p´ra todo lado, em harmonia e amor,
Cerveja é dona do sábado, a carne assada acompanhou.

A energia elétrica fez sua graça, piscou três vezes depois se apagou,
A lua tímida foi vencida pela escuridão, mas a festa não parou.
Sob luz de velas e lanternas, as cordas do violão bradaram,
Modas rancheiras e sucessos da hora, em roda de viola todos cantaram.

Com o efeito das velas acessas, o requinte aumentou,
As pessoas se juntaram mais, aumentando a força do amor.
Violão, música e fogão aceso, o tira gosto não faltou,
Foi assim por mais de duas horas, de repente a energia chegou.

Veio saudar aquela gente, festejando com satisfação,
Éramos todos uma só família, pois com o Carlinho,
Não tinha separação, ambientado, carismático e delicado,
O japonês se adaptou logo ao povão.

A festa se manteve por quatro dias, era alegria no coração
Deste anfitrião privilegiado, nem parecia o menor dos irmãos!!!


Adilson Silveira
Mês de setembro de 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário