Uma flor quando se abre,
todo seu esplendor desnuda,
pétalas abertas como mãos que pedem,
mas na verdade seu perfume oferecem;
o olfato em seu esvaiar, se inunda.
Olha a cada um que passa,
nem mesmo um inseto lhe é despercebido,
fica alegre ao ser tocada,
e com este, seu perfume é dividido.
Vida curta,
mas já eternizou grandes paixões,
quando em juras de amor foi testemunha.
É ofertada, de mão às mãos de mães.
Ela é sempre oferecida...
pela jovem enamorada,
com amor é recebida.
A vejo sempre no altar,
colocada aos pés da Virgem Santíssima,
selando a fé e devoção de fieis,
representado numa flor lindíssima.
Com a vida humana tudo tem incomum,
quando vive para si,
é como flor entre espinhos... intocável,
pouco a pouco a murchar-se,
um dia, num lampejo de consciência,
o que fiz?, nada para lembrar-me.
Adilson Silveira – 09-2008
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
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