quinta-feira, 8 de outubro de 2009

UMA FLOR

Uma flor quando se abre,
todo seu esplendor desnuda,
pétalas abertas como mãos que pedem,
mas na verdade seu perfume oferecem;
o olfato em seu esvaiar, se inunda.

Olha a cada um que passa,
nem mesmo um inseto lhe é despercebido,
fica alegre ao ser tocada,
e com este, seu perfume é dividido.

Vida curta,
mas já eternizou grandes paixões,
quando em juras de amor foi testemunha.
É ofertada, de mão às mãos de mães.
Ela é sempre oferecida...
pela jovem enamorada,
com amor é recebida.

A vejo sempre no altar,
colocada aos pés da Virgem Santíssima,
selando a fé e devoção de fieis,
representado numa flor lindíssima.

Com a vida humana tudo tem incomum,
quando vive para si,
é como flor entre espinhos... intocável,
pouco a pouco a murchar-se,
um dia, num lampejo de consciência,
o que fiz?, nada para lembrar-me.

Adilson Silveira – 09-2008

DEFENDENDO A NATUREZA

Nesta era tão evoluída,
O progresso é má solução.
Todos preocupam com ele
E esquecem o valor do sertão.

Com petróleo jorrando da terra
Cada dia uma perfuração,
Quanto mais petróleo jorra
Mais aumenta a poluição.

Com tristeza a gente vê,
Por toda parte, grande desmatação.
Nosso verde está sendo queimado,
Que faremos em defesa do sertão?

Precisamos de oxigénio
Pra manter nossa respiração,
E o roceiro precisa da terra
P’ra poder cultivar o pão.

Se a coisa continuar assim,
Nossa terra vai virar torrão.
E onde nos vamos tirar
Sustento para nossa nação?

Meu bom Jesus, o que será de tudo isso?
O que será dos filhos que virão?
Aqui na terra a coisa tá ficando feia,
Meu Jesus, busco em Ti a solução!

Poe na mente dos nossos governos
Uma lei para toda a nação,
Pra acabar de uma vês, para sempre
No Brasil, a devastação.




Adilson Silveira
Morro da Garça/MG